domingo, 18 de maio de 2008

Resgatando meu SPC

Hoje à tarde meu marido me mostrou o livro que resgatou na casa da sua mãe pensando que talvez eu pudesse querer relê-lo, em função da Pós. Trata-se de Clara do Anjos de Lima Barreto. O curioso desse episódio é que fui à estante resgatar outros livros que li ainda menina da mesma coleção. Ao lado deles encontrei diversos títulos dos quais era apaixonada. Relendo um deles, chamado Sandra na Terra do Antes, de Fausto Wolff, encontrei pérolas que compartilho com vocês abaixo, meio que resgatando meu sistema pessoal de convicções. Voilà!

“Repentinamente, o silêncio caiu sobre o jardim, mas caiu sem se machucar, pois ele é como o vento: pode machucar, mas não se machuca.”

“Ora, não importa o que somos se somos felizes com aquilo que acreditamos ser.”

“O dia seguinte presenteou o mundo com uma dessas manhãs tão bonitas que os seres humanos certamente perceberiam caso não estivessem tão interessados em vencer na vida em vez de vivê-la e assim compreendê-la.”

“O Sol se recusa a deixar sua casa antes da chegada da noite.”

- “...eu vim aqui para perguntar-lhe se o senhor não se incomodaria em ser devorado.” (pergunta feita pelo Papai-Pardal à minhoca Sir William Shakespeare)
- ”Ora, ora, ora, mas será um prazer ser devorado por um gentleman como o senhor, uma pessoa de rara sensibilidade que tão bem soube apreciar a minha arte”...”Aliás, ser devorado é o destino de todos os escritores, poetas, autores teatrais e de mais a mais, ser um artista não é uma simples profissão séria como nos bons e vehos tempos da Rainha Elizabeth.”


Nesse livro, Fausto Wolf traz uma série de notas ao final explicando o que é e quem são as personalidades famosas citadas por ele nessa história infantil, personalidades como William Shakespeare, Edgar Alann Poe, Hieronymus Bosh, Nostradamus, Arthur Conan Doyle, Antoine de Saint-Exupery, Sigmund Fred, Hans Christian Andersen, os Irmão Grimm, Lewis Carrol, Karl Marx, entre outros. E o mais curioso de tudo nessa história é que, resumindo bem, trata-se de uma forma de contar como as crianças nascem. Vale à pena!


O interessante em reler esse livro agora fazendo uma leitura mais atenta, adulta e com um olhar iniciante de escritora é que dá para perceber claramente que o autor fala da vida dele, o que mais uma vez comprova o que o Gabriel sempre fala na aula “Nós somos aquilo que escrevemos. Nós escrevemos aquilo que somos.”

4 comentários:

Olga disse...

Renata, os trechos com que você nos brindou certamente me deram uma sede danada! O livro deve ser realmente bom. Obrigada pela dica!

Unknown disse...

Oi Renata,
Quando você tiver que fazer outra garimpagem na sua estante, pode me chamar para ajudá-la!
Adorei os diamantes que nos deu de presente.

Lu Faria dos Anjos disse...

Olá Renata,
Postei, por engano, um comentário em nome de Emilson(meu marido), mas foi o único engano rsrs. O restante, eu reafirmo.
Um abraço

Nanete Neves disse...

Muito boa a seleção de frases e do autor. Elas nos levam a pensar...